Veja aqui os principais destaques dos jornais na última semana

Destaques

POLÍTICA – O destaque da semana foi a formalização da chapa Lula-Alckmin para as eleições presidenciais. Outro fato relevante na disputa presidencial foi a evidência das dificuldades do ex-governador de São Paulo, que ‘demitiu’ o presidente do PSDB, Bruno Araújo da condição de coordenador da sua campanha. Araújo reagiu com um ‘ufa’, realçando as dificuldades na campanha de Dória.

O ex-juiz Sérgio Moro foi escanteado pelo partido União Brasil, que lançou o presidente da sigla, Luciano Bivar, como candidato à presidência. O partido quer que Moro dispute as eleições para a Câmara, mas o ex-juiz disse que pretende se manter na disputa presidencial.

Bolsonaro continua em campanha e na sexta-feira fez uma motociata no interior de São Paulo, prestigiada por cerca de 3.700 motociclistas. O presidente continua reclamando da postura do TSE, que fechou acordo com o WhatsApp sobre fake news. 

Esse acordo irritou Bolsonaro, que continua enfatizando questões periféricas, sem debater os problemas nacionais, como inflação e emprego. O governo anunciou reajuste de 5% aos funcionários federais.

ECONOMIA – O novo comando da Petrobras tomou posse e o novo presidente assumiu defendendo a política de preços da estatal. José Mauro Coelho afirmou que isso é fundamental para evitar desabastecimento no país.

Os jornais noticiaram que surgiram os primeiros sinais de arrefecimento do interesse dos investidores estrangeiros por ações brasileiras. As compras de dólar continuaram e a moeda está testando o limite de R$ 4,60, quase 20% abaixo do registrado no fim do ano passado. A moeda brasileira foi uma das que mais se valorizaram este ano, após a forte depreciação no ano passado.

No mercado internacional, houve a confirmação de que o Banco Central da maior economia do mundo tende a endurecer a política monetária nos próximos meses. Os juros dos títulos americanos voltaram a subir, afetando as bolsas internacionais.

A alta da inflação no Brasil ‘roubou’ alguns luxos dos mais pobres, que estão comprando menos carne e menos iogurte. Os jornais destacaram também que o PIX saque está se disseminando no comércio, permitindo a retirada de dinheiro em lojas comerciais, que atuam como ‘bancos’.

INTERNACIONAL – A guerra na Ucrânia dominou o noticiário internacional. A Rússia endureceu os seus ataques, após o Ocidente, especialmente os Estados Unidos, reforçarem o apoio militar aos ucranianos. Os EUA começaram a oferecer até armas de ataque, o que pode levar o conflito a escalar ainda mais.

A Rússia anunciou a conquista da cidade de Mariupol, após a sua quase completa destruição, mas viu um dos seus maiores navios afundar, após ataque de míssil ucraniano. E o governo russo ficou irritado com o anúncio de que Suécia e Finlândia pretendem se associar à OTAN.

As eleições na França continuam chamando a atenção da imprensa internacional, pois há a possibilidade de a direitista Le Pen sair vencedora, o que traria alteração no relacionamento da França com a Rússia.

GERAL – A principal preocupação do país nos últimos anos, a covid, deu sinais mais tranquilizadores nos últimos dias, com a redução no número de mortes e internações. O governo já fala em anunciar o fim das medidas de restrição, com liberação das normas e permitindo que a população volte a se comportar de forma mais natural, sem a obrigatoriedade do uso de máscaras. 

Os jornais continuaram mostrando diversas disfuncionalidades no governo e sinais de corrupção. A Codevasf, estatal criada para cuidar da seca no Nordeste, está com abundância de recursos e uma nova empreiteira, a Engefort, tem sido campeã nas licitações da estatal.

Os jornais noticiaram também o empenho do ministro Ciro Nogueira em liberar verbas no MEC e o patrocínio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, de kits de robótica superfaturados para escolas de Alagoas. 


Dias da semana

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Domingo
  1. Os jornais deste domingo trazem poucas manchetes factuais e mais textos descrevendo alguns problemas perenes nacionais, como inflação e corrupção.
  2. O Estadão mostra que a inflação alta gera desabastecimento e fragiliza governos, tanto no Brasil quanto no exterior, inclusive nos Estados Unidos. 
  3. O Globo trata do mesmo tema, com foco em jovens, que ainda não haviam convivido com esse problema, que foi crônico para os brasileiros mais velhos. A reportagem do Globo trata também de outro problema que afeta muito os jovens: a falta de emprego.
  4. A Folha discute a questão da corrupção e afirma que o discurso anticorrupção do governo ficou sem sentido, ante os inúmeros casos que foram anunciados nos últimos meses, com destaque para os ‘pastores’ do Ministério da Educação.
  5. Na área internacional, a Folha destaca que o segundo turno das eleições presidenciais francesas, no próximo domingo, está dominado pela questão da inflação. A guerra na Ucrânia está sendo menos discutida na disputa eleitoral.
  6. Na área econômica, o Estadão traz reportagem com três pequenas empresas petroleiras no Brasil, que estão se beneficiando com a alta do petróleo. Como elas atuam apenas na produção de óleo são menos afetadas pelo debate sobre controle de preços dos combustíveis.
  7. A Folha discute a baixa participação das mulheres e dos negros no Itamaraty e na diplomacia brasileira. O jornal  traz a foto de uma jovem com essas duas características: além de mulher, é negra.
  8. O Globo traz entrevista com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que faz defesa do orçamento secreto. Para ele, os R$ 16 bilhões liberados pelo governo, sem transparência, “é pouco”.
  9. O jornal traz também a discussão sobre o impacto da covid na África. Os especialistas consideram que o continente sofreu muito mais as consequências da pandemia, do que indicam os casos notificados. Especialistas consideram que está havendo subnotificação de casos.
  10. Os jornais informam a morte do general Newton Cruz, que foi chefe do SNI no governo Figueiredo (1981-85) e um dos mais presentes militares em debates sobre o papel dos militares no Brasil. 
Sábado
  1. A Folha foi o único jornal a dar mais destaque à motociata de Bolsonaro no interior de São Paulo. Em típica atividade de campanha eleitoral, Bolsonaro reuniu cerca de 3.700 participantes, segundo dados do sistema de controle da rodovia, que ficou fechada ao trânsito.
  2. Bolsonaro voltou a atacar o TSE, desta vez por acordo com o Whatsapp. A plataforma vai ampliar o número de usuários, mas adiou a entrada das novas facilidades no Brasil apenas após as eleições. O objetivo do TSE é evitar a propagação e fake news.
  3. O Estadão destaca que a inflação ‘roubou’ do brasileiro mais pobre, alguns ‘luxos’, como iogurte, carne, bacalhau e cerveja. Esses produtos estão menos presentes na cesta de compras dos brasileiros.
  4. O Estado de Minas faz reportagem semelhante, mostrando o forte aumento no preço do cafezinho. O café é um dos produtos que mais subiu de preço nos últimos meses.
  5. O Globo mostra que o Pix caiu mesmo no gosto do brasileiro, que já está usando o mecanismo até para fazer saques em lojas, que estão funcionando como bancos. Essa facilidade foi inaugurada há cerca de dois meses e consolida o mecanismo como o principal meio de pagamento no país.
  6. Na guerra da Ucrânia foi confirmada a notícia de afundamento de um grande navio russo no Mar Negro. A Rússia, em represália, voltou a bombardear Kiev, a capital da Ucrânia.
  7. O governo americano ampliou a ajuda militar aos ucranianos. Forneceram até equipamentos de ataque. A Rússia reagiu com novas ameaças. Não há notícias de avanço nas negociações diplomáticas.
  8. O ex-governador de São Paulo, João Dória, afastou o presidente do PSDB, Bruno Araújo, como coordenador de sua campanha eleitoral. Araújo se sentiu aliviado, o que mostra a crise no partido.
Sexta-feira
  1. O governo cedeu e divulgou as visitas do pastor envolvido na cobrança de propina para liberar dinheiro do MEC e o assunto é um dos principais destaques dos jornais desta sexta-feira santa.
  2. Segundo o registro, o pastor visitou o Palácio do Planalto 35 vezes e manteve as visitas, mesmo após as investigações.
  3. A manchete da Folha é sobre a queda na letalidade das forças policiais no estado de São Paulo, que atingiu o menor índice em 30 anos. Houve redução no número de confrontos diretos entre policiais e suspeitos no ano passado.
  4. Na economia, o destaque foi a posse do novo presidente da Petrobras, José Mauro Coelho. Ele assumiu defendendo a atual política de preços dos combustíveis da estatal. Reiterou também que a Petrobras continuará atuando em refino.
  5. A Folha traz destaque do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin – indicado a vice na chapa liderada por Lula. De forma entusiasmada, ele defendeu o companheiro de chapa.
  6. No mesmo evento, Lula voltou a criticar a reforma trabalhista adotada no governo Temer. Disse que pretende rever a medida.
  7. Na área internacional, não há notícias sobre o andamento de negociações de paz. O destaque foi o afundamento de um navio russo, o que foi considerado uma derrota militar para a Rússia. A Ucrânia reconheceu que 1.500 soldados se renderam aos russos em Mariupol.
  8. O Correio Braziliense destaca que o TSE quer missões internacionais para acompanhar as eleições no Brasil este ano.
  9. O bilionário Elon Musk disse que pretende comprar a plataforma Twitter. Esta semana ele se tornou o maior acionista individual da companhia. As ações da empresa caíram, o que foi visto como um ponto negativo para a intenção de Musk.
  10. O governo enviou ao Congresso a Lei de Diretrizes Orçamentárias. O projeto prevê salário mínimo para 2023 em R$ 1.294, o que prevê apenas o reajuste pela inflação, sem ganho real.
Quinta-feira
  1. Os jornais desta quinta-feira destacam a decisão do governo de conceder reajuste de 5% para todos os funcionários federais. A decisão não era a preferida de Bolsonaro – que gostaria de beneficiar os policiais federais – mas teria sido adotada para evitar greve no funcionalismo.
  2. Os jornais destacam também a questão da influência política nos órgãos federais. O Estadão repete a expressão ‘meu menino’ para ilustrar a influência de Ciro Nogueira no Cade.
  3. O Globo mostra que o Planalto não quer liberar a relação de visitas de pastores evangélicos a Bolsonaro. Esses pastores estão envolvidos no escândalo de liberação de verbas públicas no MEC.
  4. Na área econômica, o colegiado da Petrobras aprovou a indicação dos nomes indicados pelo governo para o comando da estatal. Um dos pontos em discussão – que seria alteração nas regras de governança, para evitar influências políticas – não chegou a ser votado.
  5. Na área internacional, O Globo traz reportagem especial sobre o presidente dos EUA, Joe Biden, rejeitado por 53% dos americanos. Com a maior inflação em 40 anos e a guerra na Ucrânia, Biden vive momentos delicados e pode sofrer derrota nas eleições legislativas de novembro.
  6. Na Ucrânia, não há notícias de avanço nas negociações diplomáticas e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reiterou que continua empenhado em ‘buscar seus objetivos’. Ele anunciou a tomada da cidade de Mariupol.
  7. O Valor destaca que o mercado está prevendo IPCA de 7,5% em 2022. A meta do Banco Central é de 3,5%, com tolerância de dois pontos percentuais (até 5,5%). Ou seja, o índice voltará a ficar acima da meta, o que poderá resultar em mais aumento de juros.
  8. O jornal destaca também os estrangeiros reduziram as compras de ações na bolsa brasileira em abril. No primeiro trimestre, houve forte aporte de recursos na B3. O dólar continua em queda.
  9. Na saúde pública, os dados continuam favoráveis. Segundo a Fiocruz na grande maioria dos estados, a ocupação das UTIs por conta da covid-19 está abaixo de 30%.
  10. A Folha traz novas informações sobre o ‘kit de robótica’ para escolas em Alagoas, envolvendo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Teria havido ágio de 420%.
Quarta-feira
  1. Em chamadas diferentes, os principais jornais do país desta quarta-feira mostram alguns aspectos das disfuncionalidades do governo. A Folha traz novas reportagens sobre a estatal Codevasf, inflada com verbas das emendas do relator e que opera com baixos níveis de controle.
  2. O Estadão destaca a operação tartaruga dos fiscais alfandegários, o que já está afetando a logística das empresas. Traz ainda reportagem sobre a taxa de luz, que deve subir mesmo com os reservatórios das hidrelétricas cheios. Seria para cobrir perdas passadas.
  3. O Globo informa que a privatização dos principais aeroportos do país ficou adiada para 2024.
  4. Outro destaque dos jornais foi a ataque com arma de fogo em metrô de Nova York. Não houve mortos, mas cerca de 20 pessoas foram feridas.
  5. Na política, os partidos dão sinais de fragmentação. O MDB se divide no apoio a Lula e à senadora Simone Tebet. O União Brasil lançou o seu presidente, Luciano Bivar, para concorrer a presidência, deixando Moro fora do páreo.
  6. Na guerra da Ucrânia, o presidente Putin disse que as exigências da Ucrânia levaram as negociações a um ‘beco sem saída’. Os ataques à Mariupol se intensificaram e os russos anunciaram que tomaram posse da cidade, o que é negado pela Ucrânia.
  7. A Petrobras realiza AGO hoje para a escolha do seu novo comando. Os órgãos técnicos da estatal aprovaram os indicados pelo governo.
  8. Os jornais destacaram também os dados sobre a inflação americana, levando o índice acumulado em 12 meses para 8,5%, o mais alto em 41 anos. O dólar continua em queda no Brasil.
Terça-feira
  1. O Banco Central se declarou surpreso com o índice de inflação de março, conforme destacam os jornais na edição desta terça-feira. O mercado financeiro interpretou a reação do BC, Roberto Campos Neto, como um sinal de nova elevação das taxas de juros.
  2. A questão está na ordem do dia do mercado financeiro mundial e ontem os comentários é que o BC americano também deverá acelerar a política de aperto monetário nos EUA. Os mercados do mundo todo mostram fortes oscilações.
  3. A Folha manteve o assunto de licitações da Codevasf na capa desta terça-feira. Segundo o jornal, há sinais de que a empresa Engefort contou com ajuda de membros do governo para ganhar várias licitações na estatal.
  4. O Estadão destaca que o Brasil quer reduzir taxa de importação, mesmo sem o aval do Mercosul. A meta é reduzir impostos e baixar a inflação.
  5. O jornal destaca também que o Estado do Piauí foi beneficiado com ‘escolas fake’, patrocinadas pelo MEC. O jornal associa o benefício ao ministro Ciro Nogueira, que vai disputar o governo do estado.
  6. O jornal destaca outra preocupação com as contas públicas: o excesso de ações contra o governo, que poderão custar mais de R$ 1 trilhão aos cofres públicos.
  7. A Folha traz chamada para a intenção de moradores das cidades do Rio e São Paulo. Esses cidadãos gostariam de mudar de cidade, pois consideram que as duas metrópoles estão oferecendo baixa qualidade de vida.
  8. A guerra da Ucrânia continua na capa dos jornais. A chamada é que a Rússia estaria se preparando para o aumento nos esforços bélicos para pressionar a Ucrânia a negociar.
  9. Na política, o destaque foi a reunião de caciques do MDB com o ex-presidente Lula. Parte do partido quer ‘rifar’ a candidatura de Simone Tebet.
  10. A oposição continua insistindo, mas o governo quer evitar a formação da CPI do MEC. Ainda faltam assinaturas de senadores para a sua instalação.
Segunda-feira
  1. Os jornais desta segunda-feira trazem chamadas diferenciadas, com a Folha fazendo nova denúncia contra obras do governo. Uma empreiteira usou empresas de fachada para ganhar a maioria das licitações da Codevasf, estatal que atua principalmente no Nordeste.
  2. O Estadão destaca as dificuldades para enfrentar o racismo no Brasil, mas o uso de tecnologia e maior ativismo tem permitido avanços.
  3. O Globo observa que o aumento do preço do petróleo trouxe reflexos positivos para o caixa dos governos de alguns estados e alguns municípios, beneficiados pelos royalties.
  4. Na área internacional, há o destaque para as eleições na França, com o empate do presidente Macron e a desafiante Le Pen. A decisão ficou para um segundo turno.
  5. Na área econômica, há a expectativa quanto à divulgação dos novos índices de inflação nos Estados Unidos, que poderão subir para taxa de 8% em 12 meses. O mercado receia que isso acelere a elevação dos juros nos EUA. A semana será mais curta, devido ao feriado da Semana Santa, mas o mercado segue atento.
  6. Pela segunda semana consecutiva, o Banco Central deixará de divulgar a pesquisa Focus, que serve como ‘bússola’ para o mercado. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, deve se reunir hoje com os funcionários em greve.
  7. O Valor traz entrevista com o atual/ex presidente da Petrobras, Joaquim Luna, Ele afirma que não há margem para mudar a política de preços dos combustíveis da estatal.
  8. Na Ucrânia, surgiram mais dados sobre as atrocidades da Rússia no país. O Kremlin nomeou um general linha dura como novo comandante das forças armadas na Ucrânia e observadores estão prevendo mais destruições no país. O Banco Mundial projeta queda de 40% no PIB da Ucrânia e de 11% na Rússia.