POLÍTICA – O governo Bolsonaro definiu o STF como inimigo preferencial e enfrentou o Tribunal concedendo perdão para o deputado Daniel Silveira (PL-RJ), condenado a oito anos de prisão e perda de mandato. O assunto dominou o debate política da semana e tende a se desdobrar nos próximos dias. Não há segurança quanto ao desfecho do impasse, mas ilustra que o presidente não hesitará em adotar medidas heterodoxas visando os objetivos políticos.
Esse assunto tornou as outras questões com menos destaques nas capas dos jornais, nesta semana curta, devido ao feriado de quinta-feira. Foi a segunda semana seguida de feriados numa quinta-feira.
Foram divulgadas novas pesquisas eleitorais, que reproduzem a situação anterior, com Lula com folga à frente de Bolsonaro. A terceira via aparece em distante terceiro lugar. As pesquisas já não trazem mais o nome do ex-juiz Sérgio Moro como postulante ao cargo.
ECONOMIA – A reunião do Fundo Monetário Internacional foi o principal evento na semana, pois serviu como referencial para as projeções econômicas para os próximos anos. Há quase consenso entre os participantes de que os próximos anos serão de inflação alta e crescimento baixo.
Para o Brasil, o FMI projetou aumento do PIB de apenas 0,8%. Esse novo número é melhor do que as projeções anteriores, de 0,5%. Mas o Brasil continua abaixo da média mundial, de 3,8%.
Os funcionários do Banco Central suspenderam a greve e a Autoridade Monetária deverá voltar a divulgar o boletim Focus, com novas projeções sobre diversos indicadores, como câmbio, balança comercial, inflação e contas públicas.
INTERNACIONAL – A guerra na Ucrânia continua entre os principais assuntos dos jornais brasileiros (e mundiais). As notícias da semana indicam escalada da guerra, com os Estados Unidos se mostrando mais decididos a apoiar a Ucrânia, fornecendo inclusive equipamentos pesados. Ao que tudo indica, a guerra será longo, com os russos intensificando os ataques contra a Ucrânia.
Neste domingo serão realizadas as eleições para a presidência da França, que deverá repercutir na discussão sobre a guerra europeia.
GERAL – O Ministério da Saúde anunciou a retirada de medidas de restrição para combater a covid-19. A partir de agora, a doença passa a ser encarada como mais um problema de saúde pública, mas sem exigir medidas emergenciais.
Enquanto aqui no Brasil, o governo reduz as restrições, do outro lado do mundo, na China, houve indicação de medidas mais drásticas para combater o vírus. O governo chinês decretou lockdown, afetando dezenas de milhões de pessoas.