- A liquidação do Banco Master é o principal destaque dos jornais desta quarta-feira. São vários os desdobramentos da operação, indo desde prejuízos aos aposentados do estado do Rio, os possíveis prejuízos ao banco estatal BRB (do governo de Brasília) até um ‘rombo’ de R$ 40 bilhões no Fundo Garantidor de Crédito (FGC), criado para cobrir liquidações bancárias.
- Além de questões ‘financeiras’, a liquidação do banco tem grande potencial de afetar o mundo político, conforme análise de vários observadores. O dono do Master, Daniel Vorcaro, tinha muitas articulações políticas em todo o espectro, indo da esquerda à direita. Como Vorcaro foi preso, muitos analistas aventam a possibilidade de o ex-banqueiro usar o mecanismo da delação premiada para tentar aliviar a sua situação. O BC não tem dúvidas e aponta que houve fraudes, que podem atingir R$ 12 bilhões.
- Dois governadores de oposição ficam em situação delicada: o do Rio e o de Brasília. O instituto de previdência do Rio aplicou mais de R$ 2 bilhões em títulos do Master que não ofereciam garantias. Isso pode afetar os beneficios de aposentadoria do governo do estado. O BRB, por sua vez, comprou ativos do Master de qualidade duvidosa.
- O STF condenou 11 militares e absolveu um general que participaram da trama golpista de 2022, os chamados ‘kids pretos’. Ele teriam preparado ações visando, inclusive, o assassinato do juiz Alexandre de Moraes. O julgamento era acompanhado com especial atenção pelos militares do Alto Comando do Exército.
- Outro assunto de grande impacto nos jornais de hoje foi a aprovação da lei antifacção na Câmara dos Deputados, em grande derrota do governo. O texto aprovado foi a sexta versão apresentada e não equipara as facções criminosas a terroristas (como temia o governo), mas há vários pontos ainda a serem detalhados pelos analistas.
- O esforço do governo agora é tentar articular o andamento do projeto no Senado, revisando alguns pontos aprovados na Câmara dos Deputados. Outro ponto envolvendo o Senado é a provável indicação do novo juiz do Supremo Tribunal Federal. O presidente Lula já teria se decidido pelo nome de Jorge Messias para o cargo, desagradando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
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