Veja aqui os principais destaques dos jornais na última semana

Destaques

POLÍTICA – A semana caracterizou-se pela divulgação de várias pesquisas eleitorais, o que deve ser comum nos próximos meses, à medida que há a aproximação das eleições. Os dados indicam que Lula continua à frente, mas com menor margem frente a Bolsonaro.

A ‘terceira via’ ainda patina e uma decisão relevante foi a união de três grandes partidos (União Brasil, MDB e PSDB) em busca de uma candidatura única, a ser anunciada no dia 18 de maio.

O escândalo no MEC levou senadores oposicionistas a tentar criar uma CPI sobre o assunto, mas o governo, aparentemente, conseguiu evitar o movimento.

Os dados mostram que o PL, de Costa Neto e Bolsonaro, foi o partido que mais ganhou adeptos no ‘troca-troca’ partidário.

ECONOMIA – A divulgação do índice de inflação de março assustou até os especialistas, ao atingir 1,62%¨. Foi a maior alta em 28 anos – desde o início do Real – e levantou receios de novas elevações de juros pelo mercado financeiro.

Outra questão muito discutida foi a troca no comando da Petrobras. Após idas e vindas, o governo optou por uma solução técnica, o que agradou os especialistas. A empresa realizará AGE esta semana para formalizar as mudanças.

O dólar continua caindo, como reflexo de grande volume de dinheiro ingressando no Brasil. O país pode ser um dos beneficiados pela fuga dos investidores da Rússia.

Uma notícias preocupante foi a reportagem do Valor mostrando que as licitações para a construção de ferrovias no Brasil – que poderia gerar investimentos de R$ 50 bilhões – foram ganhas por empresas de fachada.

INTERNACIONAL – A Rússia foi expulsa do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Em termos práticos, os efeitos são pequenos, mas em termos de imagem é uma grande derrota para o país de Vladimir Putin.

Surgiram várias informações novas sobre atrocidades perpetradas pelos russos durante a guerra, Os próprios ucranianos temem que a destruição poderá se acelerar.

Na França, as eleições presidenciais terão forte impacto em toda a Europa. É provável que o vencedor só seja definido no segundo turno. Na Hungria, o direitista Orban foi reeleito. 

Pesquisas recentes mostram que a popularidade de Putin aumentou entre os russos.

GERAL – A fundação Fiocruz divulgou relatório tranquilizador sobre a evolução da vacinação e do controle da covid-19 no Brasil. Para a instituição há sinais de que a ‘terceira onda’ da pandemia está sob controle no Brasil.

Um fato relevante na semana foi a confirmação da indicação de uma mulher negra para a Suprema Corte dos Estados Unidos. A aprovação foi saudada como uma forte indicação na luta contra o racismo no mundo todo.

Dias da semana

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Domingo
  1. Os jornais deste domingo destacam diversas ações do governo com objetivos eleitorais, utilizando verbas públicas. A estratégia é acelerar projetos que tragam benefícios eleitorais.
  2. O Estadão e o Globo trazem informações sobre o FNDE, o fundo do MEC para equipar escolas da educação básica no país. O fundo estaria sendo utilizado por aliados do ministro Ciro Nogueira, inclusive com o chamado ‘orçamento secreto’. A Folha traz uma entrevista com o ministro.
  3. As eleições presidenciais na França neste domingo recebe atenção dos jornais. O favoritismo do atual presidente Emmanuel Macron está ameaçado e haverá segundo turno na disputa presidencial.
  4. Na Ucrânia, há o registro da visita do primeiro ministro Boris Johnson a Kiev para um encontro com o presidente Volodmir Zelensky. Os dois andaram pelo centro da cidade, que se mostra mais segura.
  5. O Globo divulga que Zelensky está usando a lei marcial para calar opositores. O presidente ucraniano já declarou que houve ‘traições’ entre os militares que comandam a guerra no país.
  6. O Estadão chama a atenção para uma prática, no mínimo suspeita: o saque em dinheiro vivo nos fundos eleitorais. Levantamento mostra saques de até R$ 158 mil (coluna Broadcast).
  7. O Estado de Minas destaca que Belo Horizonte voltou a conviver com o happy hour, após dois anos de restrições devido à pandemia.
  8. O Globo traz foto de um carnavalesco que participará do desfile no sambódromo nesse ‘sábado de carnaval’, adiado de fevereiro para abril por conta da pandemia.
Sábado
  1. A inflação de março está em destaque nos principais jornais do país neste sábado. O IPCA subiu 1,62%, o que não ocorria desde março de 1994, antes do Plano Real. Os jornais trazem reportagens sobre a ‘loucura’ nos preços nos supermercados.
  2. Na política, o destaque foi a formalização da chapa Lula-Alckmin na disputa presidencial. Os dois políticos fizeram declarações ressaltando a importância no entendimento para superar os problemas nacionais.
  3. A possibilidade de formalização de uma CPI sobre o Ministério da Educação entrou na pauta do Congresso e o governo age para tentar abortar o processo. Os oposicionistas afirmam já ter as 28 assinaturas necessárias à instalação da CPI.
  4. A PF divulgou relatório com acusações contra o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Segundo a PF, o ministro recebeu propina da J&F para apoiar as eleições da ex-presidente Dilma Rousseff.
  5. Na área internacional há o destaque a novas ações de atrocidades russas, com ataque a uma estação de trem, que resultou na morte de mais de 50 civis.
  6. Outro destaque foi a visita da presidente da Comunidade Europeia à Ucrânia, com o convite formal para que o país ingresse na Comunidade, um dos principais pontos de oposição da Rússia.
  7. A Fiocruz divulgou relatório otimista sobre o evolução da covid-19 no Brasil. Segundo a instituição, a ‘terceira onda’ da covid está sob controle.
  8. O Estadão afirma que o governo prepara um possível corte no imposto de renda para pessoa física, dentro do processo de criar ‘fatos positivos’ visando à reeleição. O corte no IPI foi descartado.
Sexta-feira
  1. As pesquisas eleitorais estão dominando o noticiário de política nos jornais desta sexta-feira. Agora, além da corrida presidencial, há as disputas estaduais.
  2. Os jornais destacam que, em São Paulo, o candidato do PT, Fernando Haddad, lidera a corrida. O candidato de Bolsonaro está na terceira posição. No Rio, há empate técnico entre o candidato mais à esquerda (Freixo) e o preferido da família Bolsonaro.
  3. O Estadão destaca que militares espalharam ‘fake news’ sobre Amazônia, segundo informações do Facebook. Os ataques eram dirigidos às ONGs que atuam na região.
  4. O jornal destaca também que o os bandidos do PCC passaram a usar o PIX como nova forma de assalto. E passaram a roubar mais telefones celulares para acessar o pix das vítimas.
  5. O Globo destaca que o Banco do Brasil criou programa especial para os caminhoneiros, que se alinham ao governo.
  6. Na área internacional, a Rússia foi expulsa do Conselho de Direitos Humanos da ONU, com abstenção do Brasil. É mais um passo que afeta a imagem e o conceito de um dos principais países do mundo.
  7. Na guerra da Ucrânia, há o temor de novos episódios semelhantes ao ocorrido na cidade de Bucha, onde centenas de civis foram assassinados pelos russos.
  8. O Valor destaca que mais brasileiros emigram em busca de melhores condições de vida no exterior. Muitos consideram que a situação não irá melhorar nos próximos anos.
  9. Nos Estados Unidos, o presidente Biden cumprimenta Kentanji Jackson, a primeira mulher negra a assumir um assento na Suprema Corte do país.
  10. O Correio Braziliense destaca que o ministro da Economia “vai à guerra’ em defesa da privatização da Eletrobrás.
Quinta-feira
  1. A Folha de São Paulo nesta quinta-feira traz mais uma manchete sobre o uso questionável de verbas públicas, através das chamadas ’emendas do relator’. A notícia cita o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) na distribuição de kits de robótica para escolas em Alagoas, que sequer têm água.
  2. O Estadão destaca a queda da taxa extra sobre energia elétrica, que pode reduzir a conta de luz em 6% a partir de maio.
  3. O Globo destaca a indicação de nomes técnicos para presidir a Petrobras. Não há sinais de indicações políticas.
  4. Os jornais destacam a decisão de alguns dos maiores partidos (União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania) de buscarem um nome único para a disputa presidencial. O nome será anunciado em maio.
  5. Na área internacional, a guerra da Ucrânia continua dominando as atenções. Os Estados Unidos anunciaram mais sanções contra bancos russos e contra duas filhas do presidente da Rússia, Vladimir Putin. 
  6. O presidente da Ucrânia fez pronunciamento prevendo que a Rússia vai intensificar os ataques militares na região leste do país. Pediu à própria população para deixar a região.
  7. A Câmara adiou a decisão sobre as fake news. O projeto interessa ao TSE e também às plataformas de redes sociais, assim como os veículos de comunicação. Há sérias divergências sobre o projeto.
  8. Surgiram os primeiros indicadores sobrea economia russa, após a invasão da Ucrânia. A venda de veículos novos caíram mais de 60% em março. Economistas preveem queda de até 10% para o PIB russo.
  9. Na França, a eleição presidencial de domingo ficou mais acirrada. A direitista Le Pen cresceu nas pesquisas e colocou em xeque a reeleição do presidente Emanuel Macron.
  10. O Banco Central dos Estados Unidos indicou que vai endurecer a política monetária para combater a inflação, que está no nível mais alto em 40 anos. Na Europa, os BCs estão com menos urgência de elevar os juros.
Quarta-feira
  1. A manchete da Folha desta quarta-feira destaca que a popularidade do presidente russo, Vladimir Putin, aumentou nas últimas semanas, após a guerra contra a Ucrânia. Ou seja, os russos aprovam a guerra chamada de ‘operação especial’ por Putin.
  2. Enquanto isso, na ONU a Rússia teve de se defrontar com imagens de atrocidades cometidas por seus soldados na Ucrânia. São civis mortos de forma covarde, o que configura crime de guerra.
  3. O presidente da Ucrânia, Volodomir Zelensky, participou da reunião de forma virtual e reiterou apelo para que a comunidade internacional aumente as sanções e punições contra a Rússia. Não surgiram sinais de avanço nas negociações diplomáticas.
  4. No Brasil, dois fatos que colocaram o governo em situação desconfortável. A novela da mudança na diretoria da Petrobras ainda não teve solução. E a AGE para a troca de comando está agendada para a próxima quarta-feira.
  5. A licitação promovida para a compra de ônibus escolares é outro ponto negativo. O governo teve de recuar e os preços dos veículos caíram de forma expressiva, o que resultou em economia de R$ 510 milhões para os cofres públicos.
  6. O Globo destaca a questão dos reajustes dos planos de saúde individuais, com aumentos de até 18% na mensalidade.
  7. O mercado financeiro reagiu negativamente às indicações do Banco Central dos Estados Unidos de que deverá endurecer a política monetária. As principais bolsas do mundo registraram fortes quedas. 
  8.  O Valor chama a atenção para a questão das licitações para a construção de ferrovias no país. Segundo o jornal, as empresas vencedoras não têm estrutura financeira para tocar o empreendimento, que exigirão investimentos superiores a R$ 50 bilhões. 
Terça-feira
  1. O impasse na indicação do novo comando da Petrobras é o principal assunto dos jornais desta terça-feira. Tanto o indicado para a presidência do Conselho de Administração, Rodolfo Landim, quanto o indicado para a presidência executiva, Adriano Pires, desistiram das indicações.
  2. Agora o governo corre contra o tempo para indicar novos nomes para a AGE marcada para a semana que vem. O mercado financeiro acompanha com atenção, já que a estatal é a maior empresa na bolsa.
  3. As atrocidades da Rússia na Ucrânia serão discutidas hoje no Conselho de Segurança da ONU. O conflito militar terá desdobramentos diplomáticos (e humanitários) relevantes. Os desdobramentos ainda são imprevisíveis, conforme os analistas internacionais.
  4. O dólar no Brasil continua em queda, com os estrangeiros fazendo compras maciças da moeda brasileira (e vendendo dólares). Ao nível de R$ 4,60 voltou ao patamar de antes da pandemia.
  5. Os jornais publicam o levantamento da força dos novos partidos no Congresso. O PL, de Bolsonaro, foi a legenda que mais ganhou adesões e é a maior força na Câmara. O União Brasil foi o que mais perdeu parlamentares.
  6. O ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se lançou a vice-presidente em chapa que seria liderada pela senadora Simone Tebet.
  7. O ex-ministro Sérgio Moro publicou vídeo nas redes sociais, posicionando-se como candidato à presidência.
  8. O Painel Intergovenamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) divulgo novo relatório com alerta sobre os problemas com o aumento na temperatura mundial.
  9. A tributação no Brasil registrou novo recorde em 2021, chegando a 33,9% do PIB. Governo havia anunciado que tinha compromisso de reduzir a tributação sobre o PIB.
  10. O governo enviou ao Congresso a indicação de diretores de agências reguladoras. As indicações estão paradas desde o fim do ano passado.
Segunda-feira
  1. Os jornais de São Paulo destacam a vitória do Palmeiras no campeonato estadual. É o 24o título do time na competição, que derrotou o São Paulo.
  2. As mudanças no comando da Petrobras continuam recebendo destaque nos jornais nesta segunda-feira. O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, desistiu da indicação à presidência do Conselho. Teria recebido indicação de funcionários da estatal.
  3. O Estadão traz manchete a ampliação de isenção de Imposto de Renda na venda de imóvel. O benefício vai valer para quem quitar financiamento anterior.
  4. A Folha destaca que houve redução na rejeição à gestão de Bolsonaro durante a pandemia. A maioria da população, porém, ainda condena a gestão do governo na pandemia.
  5. O Globo mostra que os tribunais superiores, especialmente o TSE e STF, são os alvos preferidos dos bolsonaristas nas redes sociais. As publicações no YouTube e Instagram, em sua grande maioria, são negativas.
  6. O Valor destaca que a guerra na Ucrânia reduziu as emissões de títulos no exterior e os IPOs (emissões de ações) estão menores este ano. Com isso as empresas estão emitindo títulos de dívida para se financiar, especialmente debêntures.
  7. Na guerra da Ucrânia o destaque foi a denúncia contra a Rússia. O governo ucraniano afirmou – e mostrou imagens – do assassinato de pelo menos 400 civis em uma pequena cidade (Bacha), próxima à capital Kiev. A acusação chocou o mundo e traz novo componente ao conflito, sobre crimes de guerra.
  8. Na Hungria, o populista Orban, de direita, conquistou o seu quarto mandato presidencial.